União dos Municípios em rotas e consórcios pode fortalecer turismo regional

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Em momentos de crise, a união entre aqueles que enfrentam os mesmos desafios para buscar soluções conjuntas pode ser decisiva. Na gestão pública, não é diferente. A pandemia do novo coronavírus trouxe dificuldades para o setor turístico, mas, unidos, gestores municipais podem fomentar os empreendimentos e as atrações que compõem o destino, ampliar a concessão de crédito de órgãos públicos e captar investidores para a região. Um trabalho que, sozinho, não rende os mesmos resultados.

Ao criar ou melhorar os serviços ligados ao trade, são gerados empregos, que aumentam a renda e a inclusão social. Esses são os principais benefícios proporcionados aos Municípios que se unem em rotas turísticas. A área de Turismo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) lembra que existem muitas rotas já estabelecidas em território brasileiro, como a dos Vinhos no Rio Grande do Sul e a das Emoções no Nordeste.

No ano passado, o Ministério do Turismo lançou uma iniciativa para promover a competitividade dessas localidades. É o programa Investe Turismo, que prevê um pacote de ações de investimentos, incentivos a novos negócios, acesso ao crédito, marketing, inovação e melhoria de serviços às cidades que compõem as rotas. Os primeiros contemplados são 158 Municípios de diferentes regiões.

Outro arranjo administrativo com a mesma proposta, de promover um conjunto de destinos, são os consórcios públicos. Segundo levantamento da CNM publicado em 2018, existem 85 consórcios que atuam no setor, sendo que sete desses são finalitários, ou seja, atuam exclusivamente na área. Os Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia lideram, com o maior número de organizações nesse modelo.

Oportunidades
Ao acompanhar as dificuldades enfrentadas pelos Municípios que têm parte ou quase a totalidade da receita baseada no turismo, a Confederação destaca que o panorama atual já permite visualizar os efeitos decorrentes da pandemia. O setor, um dos mais atingidos economicamente, luta para que a retomada seja breve e próspera em todos os seus segmentos. Também é fato conhecido que a crise sanitária moldou um novo tipo de viajante: mais tecnológico e preocupado com a sua segurança e a preservação do meio ambiente.

Para os técnicos da entidade municipalista, é justamente aí que se encontram algumas oportunidades. O elemento novo, e que deve ser considerado pelos gestores, é que, no pós-pandemia, destinos menos explorados serão mais procurados. A CNM acredita que essa é a chance dos pequenos Municípios usarem a criatividade para desenvolverem novas rotas e, assim, despontarem no mercado nacional.

“Aproveitar esse novo nicho e investir em destinos pouco conhecidos, que recebam um fluxo menor de pessoas e se importam com a segurança do turista. Essa é a oportunidade que faltava para alavancar o turismo nos pequenos Municípios. A elaboração de novas rotas turísticas, exaltando locais pouco desbravados, está cada vez mais favorecida”, reforçam os técnicos da Confederação. Segundo eles, um plano estratégico bem estruturado entre cidades vizinhas e o uso do marketing de destinos turísticos podem ser os diferenciais na retomada do turismo nesses locais.

A equipe técnica de Turismo da CNM encontra-se à disposição para auxiliar os gestores municipais na retomada, por meio do e-mail turismo@cnm.org.br.

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