UBSFs de Uberlândia têm mais de 90% dos idosos com grau de risco identificado

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A Prefeitura de Uberlândia tem acompanhado o crescimento da população acima dos 60 anos e atuado para garantir os cuidados essenciais àqueles que estão nesta faixa etária. E, em continuidade ao trabalho de acolhimento permanente oferecido pelo Município, as equipes das Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) têm identificado, desde 2018, o grau de vulnerabilidade dos idosos da área de abrangência. Um trabalho que já atinge os 90% de estratificação, trazendo facilidade à condução das condições clínicas de cada um.

Todo o trabalho acontecia presencialmente, entre o idoso e a equipe de saúde, no Mutirão do Idoso, na Arena Sabiazinho.  Mas, com a pandemia, a estratégia de continuar com o levantamento foi adaptada, principalmente em relação à aplicação do questionário sobre a saúde do idoso. Agora, as equipes das unidades entram em contato com o idoso por telefone e fazem remotamente a aplicação de um questionário, denominado de Índice de Vulnerabilidade Clínico-funcional (IVCF-20).

De autoria do geriatra e consultor do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Edgar Nunes de Moraes, o IVCF-20 avalia a saúde por meio de várias perguntas e reflete o grau de fragilidade de acordo com as respostas de cada um. “Todo nosso trabalho era feito presencialmente. Com a pandemia, pensamos em como continuar com esse levantamento. Fizemos uma adaptação e passamos a entrar em contato com os idosos por telefone. Esse novo formato foi bem recebido e nos trouxe mais agilidade para identificar o grau de vulnerabilidade de cada um dos nossos idosos cadastrados e referenciados nas unidades”, detalhou a coordenadora da Atenção Primária, Karina Kelly de Oliveira.

Com essa adaptação, foi possível fazer em 2021 mais de 10 mil avaliações por telefone. Atualmente, são 61.404 idosos avaliados e estratificados, sendo 42.565 de baixo risco, 11.734 moderado, e 7.105 de alto.  “Com esse mapeamento, o médico e demais profissionais da unidade identificam a necessidade de cada idoso e elaboram um plano de cuidado, que garante mais qualidade de vida, autonomia e independência à pessoa idosa”, finalizou a coordenadora. 

A professora aposentada Maria Aparecida de Oliveira Silva, de 73 anos, é uma das idosas estratificadas e é acompanhada pela equipe multiprofissional do ambulatório da UAI Pampulha, que tem aproximadamente 1.500 idosos avaliados. Quando fazia tratamento oncológico, era considerada uma idosa frágil de acordo com o instrumento IVCF-20. Hoje, com todo o cuidado e toda assistência já é considerada uma pessoa idosa com menos fragilidades. “Antes, devido à minha condição, não fazia metade do que faço hoje. Agora, não tomo mais remédio para a pressão e realizo sem dificuldade as tarefas diárias. Por isso, acho muito importante este acompanhamento. Se ele existisse antes, acredito que teríamos mais idosos com a saúde melhor”, comentou.

 

ASCOM Uberlândia