Uberlândia faz alerta para prevenção do câncer de mama

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Em Uberlândia, a mamografia está garantida a todas as mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos de idade. Este ano, foram realizados mais de 16 mil exames na rede municipal de saúde, não havendo demanda reprimida para esse tipo de procedimento. Considerada a segunda causa de mortalidade entre as brasileiras, estima-se que no Brasil 57.120 novos casos da doença sejam diagnosticados até o fim deste ano e a cada dois minutos um diagnóstico de câncer de mama é confirmado em todo mundo.

Neste cenário, as ações de diagnóstico precoce são fundamentais para eficácia no tratamento dos casos detectados e recuperação das pacientes. “A mamografia é o único método eficaz para redução da mortalidade do câncer de mama. Além de permitir o diagnóstico precoce, ela aumenta as chances de cura em até 95% dos casos”, alerta a coordenadora de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde, Barbara Cunha.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

A mamografia é capaz de detectar lesões milimétricas na mama, antes mesmo que os sintomas se manifestem no paciente. O Ministério da Saúde recomenda que o exame seja realizado a cada dois anos para o grupo etário prioritário, mesmo que o exame anterior não tenha constatado alteração. No período entre 2012 e 2013 o número de mamografias realizadas em Uberlândia saltou de 25.110 para 28.242 exames.

Após três anos sem fazer a mamografia, a dona de casa Leonice Santiago Santos, 56 anos, foi até a UBS Tocantins se consultar com um ginecologista. “Na consulta o médico já me encaminhou para fazer a mamografia na UAI Martins e agendou o exame Papanicolau. Já algum tempo eu estava adiando minha ida ao ginecologista, e acabei colocando em risco minha saúde já que minha tia foi diagnosticada com câncer de mama”, conta a dona de casa.

Além da hereditariedade, também são considerados fatores de risco para o câncer entre as mulheres a primeira menstruação precoce antes dos 12 anos, a menopausa tardia (após os 50 anos), ter feito reposição hormonal pós-menopausa por mais de cinco anos, sedentarismo, excesso de peso, consumo frequente de bebidas alcoólicas, a primeira gravidez após os 30 anos ou não ter tido filhos. “Assim que a mulher inicia a vida sexual é importante manter o acompanhamento ginecológico em uma unidade de saúde de referência. A presença de um ou mais fatores de risco não significa que a mulher terá algum tipo de câncer, é preciso acompanhamento médico para avaliação e orientação da melhor conduta”, explica Barbara.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

Quando observou a presença de secreção em uma das mamas, a cabeleireira Adriana Lourenço, de 35 anos, procurou assistência médica no Posto de Saúde da Família do bairro Jardim Aurora. “Eu pensava que era algo mais simples, mas após os exames na UAI Martins e realização da biopsia veio a confirmação que eu estava com câncer de mama”, conta Adriana. A paciente teve acesso ao tratamento no setor de mastologia do Hospital de Clinicas de Uberlândia e contou com o apoio dos familiares no tratamento. “Acredito que ter sido diagnosticada no início, quando apareceu o primeiro sintoma, favoreceu a minha recuperação. Muitas pessoas sentem algum desconforto e não procuram o médico, isto acontece também com outras doenças”, alerta a cabeleireira que continua sendo acompanhada pela rede de saúde.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é relativamente raro a incidência de câncer de mama na faixa dos 35 anos. A partir dos 40 anos a taxa de incidência cresce progressivamente, como também as taxas de mortalidade. Enquanto na população feminina abaixo de 40 anos ocorrem menos de 20 óbitos a cada 100 mil mulheres, aos 60 anos os índices de mortalidade mais do que dobram.

Aos 46 anos de idade a dona de casa Núbia Mara de Oliveira, hoje com 52 anos, foi diagnosticada com câncer de mama e começou a fazer o tratamento no setor de mastologia do Hospital de Clinicas de Uberlândia. “Foi um choque o diagnóstico, não sabia como seria o tratamento. A parte mais difícil foi ter de me submeter a uma intervenção cirúrgica”, conta a dona de casa. Núbia conheceu várias pessoas com o mesmo diagnóstico durante o tratamento. Ela não só superou o medo que sentiu ao receber o diagnóstico como afirma ter se renovado após a doença. “O câncer de mama não é um bicho de sete cabeças, você tem que aceitar o tratamento e ter muita fé que tudo vai dar certo. O apoio dos meus filhos, de toda minha família e dos amigos foi fundamental para lidar com o diagnóstico e encontrar a cura”, disse.

Secom PMU