Seminário discute em Uberlândia desenvolvimento de parques tecnológicos

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A consolidação de um parque tecnológico em Uberlândia é um dos focos da Administração Municipal para o desenvolvimento da cidade a partir do aproveitamento do capital intelectual e empenho do poder público e iniciativa privada. Para que o público interessado nesse projeto entenda mais sobre a importância do parque tecnológico, a Secretaria Municipal de Gestão Estratégica, Ciência e Tecnologia realizou um seminário sobre o tema, na tarde desta quinta-feira (3), no auditório do Centro Administrativo Municipal.

O Parque Tecnológico é sustentado pelas ações de três setores conjuntos: poder público, empresariado e academia. Esse tripé será responsável pela efetivação de um espaço adequado para abrigar pesquisas, criação, inovação e produção, fazendo com que as ideias formadas nas universidades locais não sejam perdidas ou migradas para outros centros. “Os jovens que têm ideias novas e montam pesquisas são a matéria-prima do parque tecnológico. Inovação é fazer com que as ideias saiam do papel e mudem a vida das pessoas”, observou Stoessel Vinhas, secretário municipal de Gestão Estratégica, Ciência e Tecnologia.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

Uberlândia tem um universo de 50 mil estudantes e somente a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) é responsável por mais de 50 cursos de pós graduação em diversas áreas do conhecimento. Na graduação, ela já abrange praticamente todas as áreas nas ciências humanas, exatas e biomédicas. Anualmente, o Brasil forma mais de 10 mil doutores, o que coloca o país em uma boa posição quanto à formação de conhecimento. No entanto, o vice-reitor da UFU, Eduardo Nunes Guimarães, entende que ainda existe uma defasagem na inovação. “Temos um atraso histórico no que tange à inovação tecnológica. Agora é o momento para juntar esforços e colocar um grande projeto para contribuir com o país, investindo em ciência e tecnologia”, afirmou.

Para que Uberlândia siga exemplos de outras cidades como Sâo Francisco (EUA), Barcelona (Espanha), Florianópolis (SC) e Santa Rita do Sapucaí (MG), o parque tecnológico precisa se tornar realidade. Iniciativa que vai fixar o capital intelectual no município e na região, gerando riquezas e divisas com patentes e royalties.

Nesta semana, foi firmado acordo com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) para executar em nove meses um estudo de viabilidade técnica do empreendimento. O parque exige a concentração em um espaço e a coordenação desse processo.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

Palestras

A primeira palestra do seminário, ministrada pelo coordenador de projetos da Anprotec, Carlos Eduardo Bizotto, ressaltou os elementos que compõem os ecossistemas de inovação bem-sucedidos. Em outras palavras, os desafios que fizeram algumas cidades se desenvolverem com a tecnologia e outras entrarem em decadência por não conseguirem acompanhar determinados processos.

O diretor-executivo da Certi, Leandro Carioni, abordou a complexidade de desenvolver o parque tecnológico, pois ele precisa de se sustentar no tripé. “Todas as entidades devem se dar as mãos e olhar para um futuro promissor. O parque tecnológico vem para integrar as coisas impressionantes que existem nas universidades e com o potencial empreendedor do empresariado. Já o poder público deve induzir um espaço privilegiado, legislação e recursos”, salientou.

Na mesma linha foi a avaliação do coordenador de capacitação tecnológica do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), José Antônio Silvério. O processo de inovação que o Governo Federal quer implantar no país só é viável se houver a união das três esferas governamentais com os demais setores envolvidos na criação do parque. “É no município que estão as empresas e universidades. Então a União apoia o governo local e integrado, colocando sua política de desenvolvimento e recursos para alavancar esse tipo de empreendimento”, disse.

Secom PMU