Pesquisa indica redução de 45% na prática de associar bebida alcoólica a direção

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Nos últimos sete anos, a frequência de adultos que dirigem após o consumo abusivo de bebida alcoólica foi reduzida em 45%, conforme indica o estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Os números mostram uma mudança nos hábitos da população, após a aprovação da lei seca e das alterações, que tornou mais rígida a proibição do consumo de álcool associado à direção. O índice passou de 2% em 2007, para 1,1% em 2013.

A pesquisa do Ministério da Saúde indica também diminuição de 47% da prática – consumo de bebidas alcóolicas associado à direção – entre os homens. Passou de 4,0% em 2007 para 2,1% em 2013. Em relação as mulheres, o porcentual se manteve estável 0,3 no mesmo período.  A pesquisa identificou também queda de 62% no consumo de álcool relacionado ao volante na faixa etária de 35 a 44 anos, passando de 2,1% para 0,8%. Além disso, também houve redução no consumo de álcool entre pessoas com mais de 12 de escolaridade.

Ilustrativa
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Os dados apontam ainda diminuição no consumo de álcool associado à direção entre os homens nos Estados: Salvador, Maceió, Macapá, Porto Velho, Palmas e Belo Horizonte. E um aumento significativo entre as mulheres, de 0.1 para 0.4% entre 2007 e 2013 em São Paulo. Já entre os homens, o consumo em São Paulo registrou 2.9%.

No Brasil, a violência no trânsito é uma das principais causas de mortes. Só em 2012, 44.812 mil pessoas morreram no trânsito e em 2013 foram registradas 169.869 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de 229 milhões de reais. Para inibir o consumo de bebidas alcóolicas antes de dirigir, em dezembro de 2012, a Lei 12.760, conhecida como Lei Seca, entrou em vigor. A medida autoriza o uso de testemunhos, exame clínico, imagens e vídeos como meios de provas para confirmar a embriaguez de motoristas.

Da Agência CNM, com informações do Ministério da Saúde