Municípios recebem material para campanha de prevenção às DST e Aids

Notícias AMVAP

O Ministério da Saúde já deu início à distribuição do material gráfico e dos preservativos às secretarias estaduais de saúde, que estão repassando aos municípios. A mensagem geral da campanha de carnaval deste ano é informar o jovem para se prevenir contra o vírus da Aids, usar camisinha, fazer o teste e, se der positivo, começar logo o tratamento, reforçando o conceito “camisinha + teste + medicamento” de prevenção combinada.

“Este ano, o ministério não irá centrar a campanha apenas no uso de preservativos. Os dados da pesquisa indicam que focar as campanhas apenas nesse uso tem limites. Essa nova estratégia se materializa em três dimensões: primeiro no uso do preservativo, em segundo lugar na convocação da população a fazer regularmente o teste e, em terceiro lugar, no início imediato do tratamento em caso de teste positivo. Dessa forma, teremos condições de enfrentar a epidemia de Aids, principalmente entre os grupos mais afetados pela epidemia como os jovens”, explica o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Apenas para o período do carnaval, o Ministério da Saúde está distribuindo aos estados de todo país 70 milhões de preservativos. Ao todo, os estados já contam com estoque de 50 milhões de unidades para as ações cotidianas de prevenção, o que inclui o carnaval. O quantitativo de camisinhas é definido com base no consumo médio mensal, além da capacidade de armazenamento e o estoque presente no almoxarifado. Nos últimos cinco anos, o Ministério da Saúde passou aos estados 2,2 bilhões de preservativos.

Divulgação
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Sobre a pesquisa

A maioria dos brasileiros (94%) sabe que a camisinha é melhor forma de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e Aids. Mesmo assim, 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses. Os dados, inéditos, são da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), apresentados no último dia 28 de janeiro, em Brasília, durante o lançamento da campanha de prevenção às DST e Aids para o Carnaval 2015.

Realizada em 2013, a pesquisa entrevistou 12 mil pessoas na faixa etária de 15 a 64 anos, por amostra representativa da população brasileira. Os dados comparativos com pesquisas anteriores mostram que o uso do preservativo na última relação sexual, ocorrida nos últimos 12 meses, se manteve praticamente estável: 52% em 2004, 47% em 2008 e 55% em 2013, apesar das constantes campanhas de estímulo ao uso do preservativo durante todos esses anos. Além disso, houve um crescimento significativo de pessoas que relataram ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. Esse percentual subiu de 19%, em 2004, para 26% em 2008, chegando a 44% no ano de 2013.

“A pesquisa demonstra que o nível de conhecimento da importância do uso do preservativo na população continua alto e que uso de camisinhas no sexo casual também vem se mantendo estável entre 2004 e 2013. No entanto, o que tem mudado muito é o comportamento das relações, com aumento do número de parceiros. Isso exige, particularmente dos jovens, muita responsabilidade e preocupação com preservação de sua saúde e de seus parceiros, utilizando regularmente a camisinha, fazendo o teste para o HIV e, quando positivo, fazer o tratamento gratuito oferecido pelo Sistema Único de Saúde”, orienta o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Diante deste panorama, o Ministério da Saúde optou por uma campanha de carnaval focada na prevenção, combinando camisinha, testagem e tratamento. Para tanto, houve um fortalecimento de estratégias complementares ao uso do preservativo. Um exemplo é introdução, em dezembro de 2013, do novo Protocolo de Tratamento para Adultos. O documento possibilitou o acesso aos antirretrovirais a todas as pessoas com o vírus da Aids. Atualmente, são cerca de 400 mil pessoas em tratamento, com 22 medicamentos antirretrovirais distribuídos pelo SUS.

Com informações do Ministério da Saúde