200 caminhões de lixo já foram retirados das casas na “faxina” que a Prefeitura está fazendo em Monte Carmelo para combater o Aedes egypti. A campanha “Limpeza é Saúde” começou no início de fevereiro e já percorreu oito dos 42 bairros da cidade. Além desta, atividades nas escolas municipais, notificação e multa aos proprietários de lotes vagos e sujos, formação de comitê de enfrentamento ao mosquito, criação de força-tarefa de combate e visitas domiciliares pelos adolescentes do Programa Municipal Adolescente Profissionalizante são outras ações preventivas em execução no município. Para os casos suspeitos de dengue, chikungunya e zika vírus, todas as unidades de saúde já estão preparadas para o atendimento.
Desde dezembro do ano passado, a Prefeitura vem “caçando” o Aedes aegypti pela cidade. Para a empreitada, a secretaria de Saúde criou um comitê de enfrentamento composto por representantes de diversos segmentos da sociedade e uma força-tarefa de combate com 108 agentes de endemias e comunitários de saúde. O comitê trabalha na conscientização e mobilização popular para a manutenção dos ambientes domésticos livres de potenciais criadouros do vetor; a força-tarefa atua em campo vistoriando casas e empresas em busca de criadouros e focos, além de orientar a comunidade a não juntar objetos que possam acumular água.
Já em fevereiro deste ano, foi implantada a campanha “Limpeza é Saúde” para reforçar o trabalho da força-tarefa e promover um mutirão de limpeza na cidade. Nesta fase, os agentes vão aos imóveis, vistoriam e recolhem possíveis criadouros e orientam a população a colocar o lixo para fora de casa. Móvel, eletrodoméstico, vaso sanitário, pneu, lata, garrafa, entre outros tipos de materiais, estão sendo recolhidos pela Prefeitura, menos o entulho de construção que deve ser depositado em caçamba por seu responsável. “De uma única casa, retiramos oito caminhões de lixo; de outra, mais de 300 garrafas”, disse a secretária de Saúde Ismelinda Mendes.
A retirada do lixo está sendo feita bairro a bairro pela secretaria de Obras e Serviços Urbanos, com o apoio de cinco empresários locais. “A Prefeitura conta com poucos veículos, por isso precisamos do empresariado e temos tido apoio de alguns. Num dia um empresta um caminhão; noutro, outro empresta uma máquina e assim vamos trabalhando, mas quanto mais gente puder ajudar mais rápido concluiremos os serviços e melhor será o resultado para todos”, disse o secretário de Obras e Serviços Urbanos José Humberto da Cunha.
As escolas municipais também estão envolvidas. Para a secretaria de Educação, aprender a identificar e evitar criadouros do mosquito vetor da dengue, zika e chikungunya deve começar no berço. “Na educação infantil, por exemplo, além de música, teatro de fantoches, recorte e colagem, as crianças vão produzir bonecos do mosquito com materiais recicláveis, participar de caminhada monitorada e até fazer vistoria dentro da própria escola. Elas são as melhores multiplicadoras em seus meios daquilo que aprenderam em sala de aula”, disse a coordenadora pedagógica Ivanilda Bittencourt. As atividades de conscientização e formação estão sendo promovidas desde a educação infantil, 0 a 3 anos de idade, até o nono ano do ensino fundamental, em torno de 14 anos.
Já a secretaria de Trabalho e Ação Social aderiu ao movimento capacitando os 45 adolescentes do Programa Municipal Adolescente Profissionalizante (Promap) para fazer, de casa em casa, o check list da iniciativa “10 minutos contra a dengue”.
Além disso, quem se recusar a receber agentes de combate será notificado e os agentes poderão acionar a polícia; nos locais abandonados e fechados, públicos ou particulares, eles também estão autorizados a forçar a entrada. Os donos de terrenos com lixo também serão notificados e se não providenciarem a limpeza serão multados.
Para os casos suspeitos de dengue, chikungunya e zika, o atendimento está sendo feito em todas as unidades de saúde da cidade e zona rural. “O principal passo é o primeiro atendimento e isso tem sido feito, mas temos que reforçar sempre que todos os esforços devem ser concentrados em eliminar os focos. Esta é a única forma de combater o mosquito e evitar uma epidemia”, finalizou a secretária Ismelinda Mendes.
As empesas que disponibilizaram máquinas ou caminhões para a retirada de lixo são, Depósito de Areia do Ferdinando e as cerâmicas Mineira, Mecasa, Art Plan e Carmelitana. Da Prefeitura, estão à disposição da campanha três caminhões e três pás carregadeiras.
Ascom Monte Carmelo