Encontro do Conselho Intermunicipal de Educação discute sobre piso salarial, sexto horário e qualidade do ensino

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Uma manhã inteira dedicada a educação. Nesta quarta-feira, foi realizado o 1º Encontro do Conselho Intermunicipal de Educação de 2022. O evento aconteceu na sede da Amvap, no bairro Industrial, em Uberlândia, e reuniu secretários municipais e assessores das cidades associadas.

Entre os assuntos, foi debatido sobre o reajuste de 33,23% para professores da rede pública de educação básica, tema este apresentado pelo consultor jurídico Alexandro de Souza Paiva da Assessoria em Gestão Pública da AMVAP. O Piso Nacional foi elevado de R$ 2.886 para R$ 3.845, os valores dos vencimentos-base dos cargos/funções dos profissionais do magistério, calculado de forma proporcional a 40 horas.

“É uma discussão que vai levar um tempo. Cada município tem sua situação econômica. Então, é uma questão de conscientização dos gestores municipais na valorização do profissional e da condição da cidade fazer a gestão do dinheiro. Estamos aguardando as análises dos administradores porque é uma classe que merece”, afirma a presidente do Conselho e secretária municipal de Educação de Capinópolis, Iracilda Pereira Duarte.

Os gestores da educação também abordaram as dificuldades com transporte rural para sexto horário do Ensino Médio do Estado. Neste ano começaram a valer as mudanças, que ampliam a carga horária anual, que passará de 833h20min para 1 mil horas. Para promover a mudança na rede estadual de ensino foi necessário criar o sexto horário. 

“Sem dinheiro não se faz transporte escolar, principalmente com o aumento do combustível. As cidades já investem um valor muito alto para transportar os alunos da rede municipal. Essa mudança requer um cuidado especial do governo com as administrações locais para o cumprimento do direto do estudante ao transporte”, explica Iracilda.

Em alguns municípios da região o impacto com a ampliação das rotas vai atingir as despesas das cidades. Por isso, as secretarias se mobilizam para encontrar uma solução. Nesta quinta-feira, (10/03) uma reunião no Centro Administrativo, em Belo Horizonte, vai tratar do tema com o governador Romeu Zema. Simone Souza Rezende Mundim é secretária municipal de Educação de Monte Carmelo e faz parte União dos Dirigentes Municipais. “Neste encontro, uma equipe, do grupo que faço parte, vai negociar com o governador para discutir essa questão do aumento do volume do transporte dos alunos e encontrar o melhor caminho”.

Durante o encontro foi apresentado o Sistema Eletrônico de Gestão do Transporte (SETE), que unifica a gestão de frota, estudantes e rota. A plataforma online procura solucionar o desafio do transporte escolar, com dados precisos quanto a quilômetros rodados e alunos transportados com seus respectivos custos.

“O nosso sistema Sister Tecnologia e Inovação organizar as rotas, faz o controle diário de cada aluno e o quilômetro rodado. Isso é uma economia na ponta do lápis, porque nós propomos uma redução dos custos em até 30%. Uma diferença que é possível, inclusive, usar para construção de novas escolas, explica Luiz Eduardo Gonçalves Klovrza, diretor da Sister Tecnologia e Inovação.

MELHORANDO O ENSINO

Na reunião, o empresário e cantor Léo Chaves apresentou a metodologia EAI Educa. Ele é fundador do Instituto Hortense. que presta relevantes serviços em Uberlândia, Prata, Monte Carmelo e Tupaciguara.

Com atuação desde 2016, o instituto atua na área da educação, na capacitação de alunos e educadores de escolas públicas com foco no desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Mais de 100 mil pessoas já foram impactadas com o projeto.

“Nos últimos anos com o avanço digital, vai fazendo com que as pessoas saibam lidar menos com as emoções. A nossa metodologia propõe compartilhar habilidades e ferramentas que ajudam na formação de líderes, jovens autônomos e professores mais capacitados sobre o poder da missão de transformar vidas”, conta Léo Chaves.

A ideia é implantar este trabalho nas escolas municipais, buscando uma melhor educação emocional no envolvimento, de professores, alunos e pais.

“Os profissionais da educação precisam estar preparados psicologicamente e pedagogicamente. Hoje, ao ter contato com a metodologia, percebemos que é uma riqueza o que o Instituto Hortense oferece aos municípios”, finalizada a presidente do Conselho.