Cirurgias de Catarata são realizadas no Hospital Municipal, em Capinópolis

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O sábado, dia 27/10, foi de intensa movimentação no Hospital Municipal de Capinópolis devido à realização de cirurgias de catarata em diversos pacientes, além do retorno de cirurgias realizadas na semana anterior pela equipe do Dr. Otávio, contratado pela FAEPU/UFU, com recursos do Governo Estadual, conseguidos graças ao empenho do prefeito Cleidimar Zanotto e da secretária de Saúde, Sandra Barbosa. Ao todo foram realizadas 27 cirurgias.

A secretária nos recebeu em seu escritório, na Secretaria de Saúde, na manhã de segunda-feira, dia 29/10, quando falou sobre esse e vários outros assuntos relativos a sua pasta.

Ela começou falando sobre a conquista pelo município de vários veículos para trocar a frota de sua Secretaria.

“Nós estamos fazendo uma troca quase que total da frota de veículos da saúde. Nós já conseguimos quatro Mobi para substituir os carros que já estavam com uma quilometragem muito alta e que sempre geravam problemas de manutenção. Por isso nós trocamos esses veículos antigos, com parcerias, através de emendas parlamentares. Já temos rodando aqui quatro Mobi, veículos pequenos para transportar os pacientes para fazer serviço de PSF. Temos também duas ambulâncias novas e agora recentemente acabou de chegar outra ambulância pequena com maca retrátil, que facilita a colocação e retirada do paciente na porta do hospital. Foram adquiridos mais dois Fiat Argo, também para fazer o transporte de pacientes para fora do domicílio, para Ituiutaba, Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte. E tem também uma grande conquista, que foi uma Van de nove lugares, com uma rampa que desce e sobe, de acessibilidade para cadeirante, que era um grande problema”.

Pergunta: Nesse final de semana aconteceu mais uma etapa do mutirão de cirurgias de catarata, no Hospital Municipal?

Sandra Barbosa: Sim. Essa é uma excelente novidade para o município de Capinópolis. É a primeira vez que nós vamos ser executores, que vamos fazer essas cirurgias, com qualidade, sem que o paciente precise se deslocar para fora. Essas cirurgias estão sendo realizadas através de uma portaria federal, de cirurgias eletivas, que foi lançada dia 18 de setembro e ela contempla outras cirurgias. Eu estava em Belo Horizonte e perguntei como eu poderia executar essas cirurgias aqui, aí me deram os caminhos e fui atrás e graças à Deus está dando tudo certo. Nós solicitamos mais de 200 APACs (Autorizações de Procedimentos de Alta Complexidade), porém, o Estado disponibilizou apenas 30, mas eu já solicitei outras 200. Eu não sei quando, mas é previsto que eles vão liberar todas. O prefeito pediu para que fosse executado o maior número de cirurgias possível, inclusive, essa portaria nos dá o direito de atender outros municípios da região, então quando a gente já tiver executado todas as nossas aqui, se o município de Capinópolis quiser atender Ituiutaba, Cachoeira Dourada, até mesmo o próprio município de Uberlândia, Nova Ponte, se a houver disponibilidade a gente vai atendê-los. Essa é realmente uma grande conquista para a saúde de Capinópolis e nós esperamos que isso continue agora para sempre, pois a gente sabe que a fila de espera é grande e sempre surge alguém precisando de cirurgia.

Pergunta: Como que funcionou para que a equipe fizesse os procedimentos em Capinópolis?

Sandra: Na verdade, quem contratou esse profissional foi a FAEPU, um médico de dentro da UFU, qualificado, por sinal, um excelente médico, que é o doutor Otávio, que veio com a equipe dele para executar. Esse pagamento agora, quem vai fazer é o Estado, que irá repassar o dinheiro diretamente para o profissional.

Pergunta: Como está a fila de espera?

Sandra: É grande. Eu acredito que já fizemos mais de 100 cirurgias de catarata esse ano, que a gente conseguiu através de outros mutirões, de outros municípios. Consegui algumas pelo SUS, outras nós pagamos pelo consórcio. Ao todo nós realizamos mais de 100 e mais essas 27 agora. Só que a demanda é crescente, porque a população está envelhecendo e sempre vai ter um pedido novo de catarata. Hoje, por exemplo, eu devo ter mais uns 100 pedidos de cataratas ali e eu costumo seguir a lista de espera, porque é muito ruim uma pessoa que está lá no Florêncio, por exemplo, que está aguardando a cirurgia há um ano, e vir outra pessoa aqui e eu passar na frente. Isso é injusto e o prefeito e o vice não querem que privilégio qualquer aconteça.

Pergunta: Isso quer dizer que serão muitas cirurgias a serem realizadas aqui, já que até vai poder atender no futuro próximo outras cidades?

Sandra: O primeiro pedido que fiz foram 600 APACs, só que eles não liberaram. Depois fiz um pedido menor, de 200 APACs e vou ver quantas que eles vão liberar agora, mas a gente tem até 31 de dezembro para executar essa portaria. Normalmente essas portarias são prorrogadas no outro ano, porque o dinheiro está no Ministério da Saúde, só que primeiro a gente precisa executar para depois eles pagarem. Então estou aguardando agora nova liberação de APACs para que a gente faça um novo mutirão para atender a população.

Pergunta: Novembro está chegando aí. Depois do Outubro Rosa, agora é a vez dos homens?

Sandra: Exatamente. Quinta-feira a gente já começa a Campanha do Novembro Azul, onde nós vamos fazer muitas ações, as quais serão direcionadas. A gente irá trabalhar diretamente dentro dos PSFs, com algumas empresas, onde o maior número de profissionais são homens, conscientizando, porque hoje é prevenção, a gente está vendo aí um alto número de câncer e a gente sabe da letalidade que é o câncer de próstata, um câncer extremamente agressivo. Quando diagnosticado precocemente tem uma alta taxa de cura. A gente vai fazer ações de prevenção, com aumento de número de exames para que toda a população masculina dentro da faixa etária seja atendida.

Pergunta: Finalmente está chegando o verão e com ele o período chuvoso, e as preocupações com referência ao mosquito Aedes aegypti e agora também com mais uma preocupação, que é a febre amarela?

Sandra: Na verdade a gente tem que ficar atento o ano todo. Infelizmente a gente está com muito medo do que virá nesse verão, que já começou com chuvas antecipadas. Chuva e mormaço quente são um prato cheio para o Aedes aegypti e a população tem que ficar atenta. Nós fazemos a nossa parte, nossa equipe está sendo treinada e está trabalhando. Nós tentamos fazer com que a população tenha o menor trabalho, mas o maior trabalho tem que ser realmente da população, porque mais de 80% dos focos são familiares, estão dentro das casas e quintais. Eu sei que tem muitas pessoas que às vezes têm por hábito acumular água da chuva. Pode até fazer isso, mas tem que ser tampado o recipiente, para que o mosquito não tenha a oportunidade de achar uma brecha para poder botar os seus ovos. A população é importantíssima nesse trabalho de prevenção à dengue, porque ela está aí, batendo às nossas portas e nós temos que fazer a nossa parte.

Pergunta: A gente sabe o trabalho que a secretaria faz de divulgação em todos os meios possíveis, inclusive as mídias sociais, que hoje são muito fortes, mas infelizmente algumas pessoas não levam a sério, não se preocupam e colocam o vizinho em risco. Nesse caso, não seria o caso de colocar a promotoria junto com vocês para agir, com relação a essas pessoas que não estão levando a sério a campanha?

Sandra: Nós temos o comitê de combate e controle à dengue, que trata de vários assuntos e um deles é esse, que está sendo tratado em reuniões. Nós não temos poder para isso, mas a gente está buscando alternativas, buscando junto ao Poder Judiciário para que essas ações sejam realmente tomadas. A gente não quer punir ninguém, mas a gente tem que mostrar que uma ação dessa a pessoa está sendo negligente e pode contribuir para que alguma pessoa venha a adoecer e até mesmo morrer. Então, quando eu não faço a minha parte, talvez ninguém da minha casa adoeça, mas às vezes o meu vizinho pode adoecer, e aí? Dengue mata! Imagine saber que o seu vizinho morreu porque você não cuidou do seu quintal? Isso é muito grave e para a gente elaborar um plano desse, um documento desse, a gente tem que ter parceria e quem tem que fazer isso é o Judiciário.

Pergunta: Quando se fala que a dengue mata, as pessoas às vezes não levam a sério, mas aqui em Capinópolis mesmo em 2014 foram dois óbitos?

Sandra: É verdade. E foi muito ruim isso. Na época eu não estava aqui, mas foi uma repercussão muito negativa e a gente não quer isso de forma alguma. É ruim para nós, que trabalhamos na saúde, para o prefeito, para todo mundo e a gente não pode deixar que nenhuma morte aconteça no município, na verdade, a gente não pode deixar nem que muitos casos aconteçam. A gente tem que trabalhar para que os mínimos possíveis de casos sejam registrados no nosso município e é isso que a nossa equipe está fazendo, só que a gente precisa da ajuda da população.

ASCOM Capinópolis