CIDES discute com a UFU proposta para elaboração de Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

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A proposta contempla a elaboração de um plano de gestão integrada intermunicipal

Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (30/07) o Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba – CIDES foi analisada proposta junto a Fundação de Apoio Universitário – FAU para elaboração de um plano intermunicipal de gerenciamento de resíduos sólidos.

O cronograma prevê um período de seis meses para elaboração deste plano. O conteúdo deve privilegiar a destinação correta de cada resíduo gerado nos municípios consorciados conforme sua especificidade de cada um deles. Ou seja, entulhos da construção civil, volumosos como móveis inservíveis, resíduos perigosos como pilhas e baterias, pneus, passam a contar com tratamento diferenciado recebendo a destinação correta.

Reunião do CIDES discute elaboração de Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Foto: Luiz Otavio Petri.
Reunião do CIDES discute elaboração de Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Foto: Luiz Otavio Petri.

Estes são apenas alguns pontos fundamentais levantados durante apresentação da proposta desenvolvida pelo Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia – UFU. A professora Ângela Maria Soares, destacou que um dos pontos importantes será a participação da comunidade de cada cidade envolvida. “Este é um plano que envolve mudanças de hábitos, costumes e atitudes. Então a participação popular é um ponto central. A universidade irá coordenar e gerenciar as ações, mas as respostas vem da comunidade”.

Para isso estão previstas a realização de reuniões periódicas nos municípios, bem como audiências públicas e ações de educação ambiental envolvendo os cidadãos de forma efetiva.

Professora Ângela Maria Soares do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia – UFU. Foto: Luiz Otavio Petri
Professora Ângela Maria Soares do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia – UFU. Foto: Luiz Otavio Petri

Meio Ambiente

A segregação dos resíduos busca promover o que seria um dos primeiros passos para a destinação adequada do lixo e tão logo a preservação do meio ambiente. Desta maneira o plano que deverá ser adotado pelos municípios integrantes do CIDES irá privilegiar a reutilização; a reciclagem; o melhor valor agregado ao material a ser reciclado; a melhores condições de trabalho dos catadores ou classificadores dos materiais recicláveis; a compostagem; menor demanda da natureza; o aumento do tempo de vida dos aterros sanitários e menor impacto ambiental quando da disposição final dos rejeitos.

“Hoje a maioria dos municípios está com situação inadequada quanto a disposição de cada resíduo. Para mudar esta realidade precisamos dar início a um trabalho que tem que começar dentro das residências. Portanto devemos promover ações de conscientização ambiental e buscar rever os nossos hábitos. São iniciativas que prezam pela qualidade de vida dessa população envolvida”, disse Ângela Maria Soares.

Presidente do CIDES diz que este é um importante passo 

O presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba – CIDES e prefeito de Ituiutaba, Luiz Pedro Correa do Carmo, disse que vê este termo de intenção de parceria com a UFU como o início de um trabalho para solucionar demandas com as quais os municípios buscam soluções há anos.

Presidente do CIDES e prefeito de Ituiutaba, Luiz Pedro Correa do Carmo. Foto: Luiz Otavio Petri
Presidente do CIDES e prefeito de Ituiutaba, Luiz Pedro Correa do Carmo. Foto: Luiz Otavio Petri

“Agora os municípios já veem uma luz no fim do túnel. O que hoje é um transtorno para em breve pode ser a solução para muitas cidades. Hoje temos dificuldade na extração de cascalho, por questões ambientais. Mas precisamos dele para deixar nossas estradas vicinais transitáveis em períodos de chuva, e num futuro próximo alguns resíduos sólidos, como restos da construção, poderão até ser transformados em matéria que substitui o cascalho. Então o que a gente vivencia é uma reversão, do que hoje é um problema, em importantes soluções’, concluiu Luiz Pedro.