Assinado contrato para a maior obra de saneamento da história de Uberlândia

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O prefeito Gilmar Machado e o diretor geral do Dmae, Orlando Resende, assinaram na tarde desta terça-feira (17/12) o contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal (CEF) para a construção da primeira etapa do novo sistema de produção de água de Uberlândia, Capim Branco. Na cerimônia, realizada no Centro Administrativo, estiveram presentes autoridades do Governo Federal, vereadores, secretários de governo e funcionários do Dmae.

Após uma pré-seleção, em 2012, o prefeito Gilmar Machado apresentou este ano o projeto Capim Branco ao Ministério das Cidades, conseguindo aprovar junto à Secretaria do Tesouro Nacional o financiamento da obra, cuja primeira etapa custará cerca de R$ 360 milhões e produzirá 2 mil litros de água por segundo. Deste valor, de 10 a 20%  deverão ser custeados pelo município e o restante financiados pela CEF. “A Caixa entrará com R$ 288 milhões. À medida que reduzirmos os custos da obra nossa contrapartida também poderá ser menor”, disse Orlando Resende.

Marcel Olivi, diretor de Saneamento Ambiental, do Ministério do Planejamento, que representou a ministra Míriam Belquior, chamou a atenção para o rigor na aprovação de projetos voltados para o saneamento pelo Ministério das Cidades e pelo Tesouro Nacional. “Não é fácil aprovar um projeto desse porte. Foi uma façanha”, destacou. Segundo ele, o Brasil já investiu R$ 90 bilhões no PAC e este financiamento aprovado para o Dmae é o maior em valores e em porte de obra do setor de saneamento na história de Uberlândia.

Assinado contrato de financiamento.  Foto: Daniel Nunes, assessoria prefeitura de Uberlândia.
Assinado contrato de financiamento. Foto: Daniel Nunes, assessoria prefeitura de Uberlândia.

A diretora executiva de Fundos do Governo da CEF, Deusdina dos Reis Pereira, lembrou que os recursos liberados pela Caixa para Uberlândia são advindos do FGTS e que o fundo tem sido “injetado em projetos de geração de renda e emprego e de melhoria das condições sociais do brasileiro”. Para o prefeito Gilmar Machado, a primeira etapa das obras do Sistema Capim Branco terá não só o papel de garantir água em qualidade e quantidade para Uberlândia, como também vai movimentar a economia regional. “Assumir este, que é o maior financiamento em saneamento da história do município é uma grande responsabilidade. Com a competência técnica do Dmae vamos preparar a cidade para acolher os novos empreendimentos  que o município receberá nos próximos anos”, ressaltou.

Após a assinatura do contrato, o próximo passo será a publicação de edital – prevista para início de 2014 – para licitação do projeto executivo da primeira etapa das obras. A autarquia estima dar início à construção do novo sistema em meados  do ano que vem. Já a operação da nova ETA deverá ocorrer em final de 2017, quando os sistemas Bom Jardim e Sucupira – fornecendo cada um, hoje, 2 mil litros de água por segundo – estarão trabalhando no limite de sua capacidade.

As obras da primeira etapa contemplam a captação de água, uma estação de tratamento, 20km de adutoras, um reservatório de 15 milhões de litros e uma unidade de tratamento de resíduos. Para o diretor do DMAE, é preciso agir rápido para atender ao crescimento de Uberlândia. “Não podemos perder tempo, a cidade cresce em ritmo acelerado e já estamos chegando a 1 milhão de habitantes”.

Considerando os atuais índices de crescimento de Uberlândia, a expectativa é que a primeira etapa consiga abastecer a cidade até 2038, quando Capim Branco I, Bom Jardim e Sucupira atenderão a uma população de até 1,5 milhão de habitantes. Ao final das três etapas da obra, o Sistema Capim Branco produzirá 6 mil litros de água por segundo.

Esquema simplificado

Da captação de água em Capim Branco I até a distribuição da água tratada:

•    É no rio Araguari, na margem esquerda do Reservatório da Usina Capim Branco I a 3,5 km à montante da barragem, a localização da nova área de captação de água do Dmae

•    A Estação Elevatória, por meio de conjuntos de moto-bomba (que bombeiam a água de um nível mais baixo para outro mais elevado, e por isso, a denominação “estação elevatória”), bombeará a água bruta da represa para uma adutora (que faz o transporte da água). Esta, por sua vez, encaminhará a água bruta até a Estação de Tratamento  (que será instalada na região de Tenda do Moreno)

•    Já tratada, a água será novamente bombeada. Desta vez pela Estação Elevatória de Água Tratada para uma  Adutora de Água Tratada, que a levará até o Sistema de Reservação Custódio Pereira, de onde será distribuída –  seja por gravidade (quando a região para a qual a água se destina é mais baixa em relação ao Custódio Pereira) ou por elevatória (quando o nível da região a ser abastecida é mais alto em relação ao Custódio)

•    Saindo do Centro de Reservação Custódio Pereira, a água tratada irá abastecer a parte alta de Uberlândia (Aeroporto, Brasil, Marta Helena, Roosevelt, Jardim Brasília, Guarani, Tocantins, etc.)

•    Com a interligação entre os Sistemas de Produção de Água, a nova ETA dará suporte às ETAs Sucupira e Bom Jardim, nos casos que impliquem na suspensão temporária do fornecimento de água por essas estações.