AMM reforça a importância da luta contra Aids nos municípios mineiros

Nossos Municípios

No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 1° de dezembro, toda a população do Brasil deve se mobilizar e sensibilizar para combater a doença no País. Conforme informações do Governo Federal, a taxa de mortalidade por Aids teve queda de 42%. O índice caiu de 9,7 para 5,6 óbitos por 100 mil habitantes, em 20 anos. Transmissão de mãe para filho também sofreu queda de 36%. Apesar da diminuição de óbitos o número de infectados ainda é preocupante: em torno de 19,1 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa aproximadamente 41,1 mil casos novos ao ano.

O incentivo ao diagnóstico e ao início precoce do tratamento, antes mesmo do surgimento dos sintomas, refletiram na redução dessas mortes. Desde o início da epidemia de Aids no Brasil (em 1980) até o final de 2015, foram registrados 827 mil pessoas que vivem com o vírus. Desse total, 372 mil ainda não estão em tratamento, e, destas, 260 mil já sabem que estão infectadas. Além disso, 112 mil pessoas que vivem com HIV não sabem.

A partir da implantação do tratamento para todos, em 2013, o número de pessoas infectadas e tratadas subiu de 355 mil, em 2013, para 489 mil pessoas, atualmente, um aumento de 38%.

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Ação nos municípios

O Governo Federal lançou a certificação para municípios que conseguirem eliminar a transmissão vertical, para incentivar o engajamento dos governos municipais no combate a esse tipo de contaminação.

A certificação será concedida a municípios cujas taxas de detecção do vírus em menores de cinco anos sejam iguais ou inferiores a 0,3 para cada mil crianças nascidas vivas e proporção menor ou igual a 2% de crianças com até 18 meses.

Serão certificados, prioritariamente, os municípios com mais de 100 mil habitantes. A certificação será emitida por um Comitê Nacional, em parceria com estados, que fará a verificação local dos parâmetros.

Os municípios receberão certificação no ano que vem, no Dia Mundial de Luta contra Aids. A estratégia conta com o apoio da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância); Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids no Brasil) e Opas.

Controle e tratamento

O Brasil tem avançado no controle da infecção, tendo alcançado melhoras significativas em todos os indicadores. O alcance das metas de 90% das pessoas testadas, 90% tratadas e 90% com carga viral indetectável até 2020, estabelecida pela Unaids, é um dos resultados mais expressivo das ações de combate.

No diagnóstico, o Brasil passou de 80%, em 2012, para 87%, em 2015, o que equivale a 715 mil pessoas. A ampliação da testagem é uma das frentes da nova política de enfrentamento do HIV e Aids no País. Em 2015, foram feitos 8,5 milhões de testes.

Os maiores incrementos foram observados na meta relacionada ao tratamento, que passou de 44%, em 2012, para 64%, em 2015, ou 455 mil pessoas. Na meta referente à redução da carga viral, o País passou de 75%, em 2012, para 90% em 2015, ou 410 mil pessoas.

Mudança de perfil

A epidemia tem se concentrado, principalmente, entre populações vulneráveis e nos mais jovens. Em mulheres de todas as faixas, porém, houve queda, especialmente na faixa de 25 a 29 anos. Em 2005, eram 32 casos por 100 mil habitantes. Dez anos depois, caiu para 16 registros por 100 mil habitantes.

Em 2006, a razão entre os sexos era um caso em mulher para cada 1,2 casos em homem. Já em 2015, é de um caso em mulher para cada três casos em homens.

Entre os jovens do sexo masculino, a infecção cresce em todas as faixas etárias. Entre jovens de 20 a 24, por exemplo, a taxa de detecção subiu de 16,2 casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 33,1 casos em 2015.

Um dos motivos que explica a vulnerabilidade das pessoas com idades de 18 a 24 anos é que esse grupo apresenta menor inserção nos serviços de saúde, mas também com a menor adesão ao tratamento e com menos carga viral indetectável.

Formas de contágio 

Uma pessoa não contrai o vírus ao apertar a mão ou abraçar alguém que tem Aids. Como o vírus HIV está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, a doença pode ser transmitida de outras formas:

  • Sexo sem camisinha (pode ser vaginal, anal ou oral).
  • De mãe infectada para o filho, durante a gestação, o parto ou a amamentação (também chamada de transmissão vertical).
  • Uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa.
  • Transfusão de sangue contaminado com o HIV.
  • Utilização de instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.

Evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha, em todas as relações sexuais, e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas. O preservativo está disponível na rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque Saúde (136). 

Campanha da AMM

“Os direitos dos soropositivos” é o tema da campanha feita pela Associação Mineira de Municípios (AMM). Confira, no quadro abaixo, quais são os direitos das pessoas que têm Aids no Sistema Único de Saúde (SUS) e no mercado de trabalho.