Foi aberta nesta terça-feira (25/03) a terceira edição da Feira de Agronegócios do Estado de Minas Gerais (Femec), no Sindicato Rural de Uberlândia. Apoiada pela Prefeitura Municipal e considerada uma das principais feiras do segmento do país, a Femec espera movimentar mais de R$ 200 milhões em negócios durante os quatro dias de evento, com expectativa de um público de 18 mil pessoas.
Mesmo com pouco tempo de legado, a feira vem reforçar a posição de Uberlândia frente ao cenário brasileiro. Ela já faz parte do calendário nacional e em breve vai se enquadrar no calendário estadual. “Estamos entre as dez maiores feiras do Brasil e somos a única de Minas Gerais. A importância da Femec é a mescla de negócios e conhecimentos, com capacitação do pequeno produtor, debates de tecnologia com o apoio da Universidade e do Instituto Federal para estar junto ao homem do campo”, afirmou o prefeito Gilmar Machado.
A evolução da Femec é pautada em números. A primeira edição, realizada em 2012, gerou R$ 70 milhões e contou com 6 mil visitantes. Em 2013, o índice de participação e de movimentação financeira foi ainda maior, com R$ 120 milhões e oito mil de público. O caráter da feira também se aperfeiçoou e desde o ano passado começou a levar oportunidade aos pequenos produtores. A cada ano, o agronegócio mostra a força de Uberlândia, prova dos investimentos feitos no setor pela iniciativa privada.
“A Cargill deve investir na cidade 110 milhões de dólares. E por isso essa feira se torna cada vez mais importante. Oferecemos as mesmas condições que aquelas de outros estados, com os mesmos preços. É a chance do produtor modernizar a propriedade e aumentar ainda mais a renda”, disse Tiago Fonseca, presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, realizador da Femec.
Além da exposição de equipamentos, implementos, insumos, sementes e máquinas, a Femec oferece cerca de 30 apresentações (palestras, clínicas e seminários) referentes à cultura do sorgo, cavalos, código florestal, queijo minas, agricultura familiar, dentre outros temas. “A Femec integra negócios e conhecimentos. E hoje precisamos mudar o patamar da agricultura. Ela é a que mais pesa na balança comercial, e por isso deve-se planejar e pensar a agricultura para os próximos 15 anos”, comentou o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Silva.
Agricultura familiar
Por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil deve dobrar a safra para produzir até 40% dos alimentos que o mundo precisa. A modernização e o conhecimento são fatores determinantes para o aumento da produtividade sem trazer grandes impactos ambientais. E como a agricultura familiar é grande responsável pela produção nacional, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) fornece orientação e recursos financiáveis a esse segmento. A renda da agricultura familiar cresceu 52% nos últimos dez anos. Somente esse setor é responsável por 84% dos estabelecimentos rurais no Brasil, representando 33% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e 74% da mão de obra do campo.
O delegado do MDA Alcides Guedes destaca que Minas foi o estado que mais teve participação no financiamento da safra 2012/2013, quando o Ministério disponibilizou R$ 6 bilhões para financiamento por meio de bancos sociais a juros de 2% ao ano com dois anos de carência e até dez anos para pagar. São quatro mil itens negociáveis (moto, carro, ordenhadeira, etc.) por meio do Pronaf Mais Alimento, específico para a agricultura familiar. “É necessário aumentar a produtividade para atender a agenda nutricional sem impactar os biomas. E a solução é a inserção de tecnologia na agricultura familiar. Por isso facilitamos esse acesso”, explicou Guedes.
A Femec acontece até sexta-feira (28/03) no Parque de Exposições do Camaru. O espaço fica aberto das 8h às 18h para visitação, que é gratuita.
Secom PMU