Crianças com diabetes participam de confraternização em Uberlândia

Nossos Municípios

Crianças diagnosticadas com diabetes tipo I, que também pode ser chamada de diabetes juvenil, atendidas pela rede municipal de saúde tiveram uma tarde com brincadeiras, jogos e atividades de recreação. Os familiares destes pacientes atendidos no Centro Municipal de Atenção ao Diabético também participaram da comemoração ao Dia da Criança, na Toca do Gambá (a empresa cedeu o espaço à Prefeitura gratuitamente).

O objetivo da confraternização, além de promover um momento de descontração, é prevenir os agravos à saúde de crianças incentivando a prática regular de atividades físicas e promover a troca de experiências entre os pais das crianças com diabetes. “No primeiro momento, a família assusta quando o filho é diagnosticado com diabetes por desconhecer a causa, os sintomas, e como conduzir o tratamento”, disse a coordenadora do Centro Municipal de Atenção ao Diabético, Neuza de Freitas Comotti.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

A diabetes se manifesta quando o pâncreas já não é capaz de produzir insulina, ou quando o corpo não pode fazer bom uso do hormônio que gera. A doença é sempre ligada ao estereótipo do adulto obeso. Aquela figura, que nunca se exercitou e abusou dos pratos, sejam doces ou salgados. Mas, nem sempre é assim.

Em Uberlândia, são atendidas pelo Programa Municipal de Hipertensão e Diabetes 77 crianças com idade de 0 a 12 anos com diagnóstico de diabetes tipo I. Diferente do diabetes tipo II que resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina, o diabetes tipo I decorre do defeito no sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a insulina e a destroem. Cerca de 5 a 10% dos pacientes diabéticos são diagnosticados com o tipo I da doença.

É comum a aplicação de injeções diárias de insulina para os pacientes com este diagnóstico, pois o corpo já não produz insulina ou a produção é insuficiente. Sinais simples podem alertar o diabetes como perda acentuada de peso, sensação de sede persistente (polidpsia), visão embaçada e turva, urina em grande quantidade (poliúria), urina doce (presença de formigas no vaso sanitário), fraqueza, cansaço físico e fome excessiva (polifagia). Ao manifestar os sintomas é importante procurar uma unidade de saúde mais próxima para confirmação do diagnostico.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

Medo e sabedoria

A dona de casa Lilia de Paula, 39 anos, ficou assustada quando o seu filho Calebe foi diagnosticado com diabetes tipo I, aos 7 anos. “Eu me senti em queda livre na doença sem ter um paraquedas. Tive medo de fazer controles matemáticos de carboidratos, sem saber como lidar com as alterações dos índices glicêmicos, foi assustador”, conta a mãe.

Há três anos Calebe é acompanhado no Centro Municipal de Atenção ao Diabético e, agora, sua mãe diz que o momento de desespero foi superado. “O Centro atende os pacientes, mas também acolhe os familiares em um momento que não sabemos lidar com o diagnóstico. O Calebe está crescendo consciente de que nada é proibido, o importante é manter o equilíbrio alimentar”, disse Lilia.

A mãe dedicada Rosana Felix, 35 anos, tem dois filhos com diagnóstico de diabetes tipo I. “Quando o Vitor tinha cinco anos começou a aparecer os primeiros sintomas, ele bebia muita água, urinava em excesso e teve acentuada perda de peso em poucos dias. No início, eu achava que era algum problema nos rins, mas os exames confirmaram o diagnóstico de diabetes tipo I”, conta a mãe. Após a sua filha Vitória, com 11 anos, também ser diagnosticada com diabetes, a mãe afirma se sentir tranquila já que a glicemia dos filhos tem se mantido estabilizada desde que começaram a fazer o tratamento. “A minha única preocupação hoje é manter a alimentação deles equilibrada, principalmente quando eles vão fazer alguma atividade física. E eles praticam natação, fazem caminhadas, e o Vítor não deixa de jogar bola”, diz.

Foto: Secom PMU
Foto: Secom PMU

Atividade física

A prática de atividades físicas regulares melhora o controle metabólico dos pacientes diabéticos em todas as idades, diminuindo a incidência de doenças cardiovasculares e favorecendo o equilíbrio e controle do peso corporal. Segundo o Ministério da Saúde, a prática dos exercícios deve ocorrer de forma moderada e gradual, com atenção aos índices glicêmicos dos pacientes, evitando exercícios de intensidade elevada e com longa duração. “O objetivo da prática de atividades físicas para pacientes diabéticos é promover a saúde. O paciente não precisa ser um atleta para praticá-los regularmente, basta dedicar algum tempo do dia e evitar o sedentarismo”, diz Neuza de Freitas Comotti.

A Secretaria de Saúde ainda faz um alerta: no Dia das Crianças lembre que pensar no futuro das crianças e incentivar atividades físicas e alimentação saudável, pode ser o melhor presente para toda a vida da garotada.

Secom PMU