Monte Carmelo investe na modernização do aterro sanitário

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Modelo de recobrimento do lixo utilizado em Monte Carmelo é elogiado por reaproveitar resíduos de cerâmica e evitar danos ambientais

O Dmae está preparando uma nova área do aterro sanitário com mais uma plataforma para receber os resíduos gerados na cidade por pelo menos mais 18 meses. Nesta fase estão sendo construídos drenos  para a condução do chorume, líquido originado da decomposição do lixo, e também para absorção de gás metano resultante da fermentação do lixo. O aterro ocupa uma área de 3.700 metros quadrados e recebe diariamente 45 toneladas de lixo.

Foto: Ascom Monte Carmelo
Foto: Ascom Monte Carmelo

Para que um aterro funcione adequadamente e atenda às exigências ambientais é preciso fazer a terraplanagem da área que receberá o lixo, bem como a compactação do terreno para que não ocorra a infiltração de chorume no solo. Assim que o terreno é compactado são construídos os drenos com mantas de Polietileno de Alta Densidade para a condução deste chorume e absorção do gás metano. Sempre que a área ocupada atinja seu limite, em torno de dez metros de altura, é feita nova ampliação. Este é o trabalho que está sedo feito no momento pelo Dmae.

Foto: Ascom Monte Carmelo
Foto: Ascom Monte Carmelo

Segundo o coordenador operacional e biólogo do Dmae, Jonathan Marques, existem três tipos de locais para destinação dos resíduos sólidos. Um é o lixão onde todos descartam o lixo sem tratamento algum. O outro é o aterro controlado, onde os resíduos são depositados em valas cobertas com terra, sem drenagem e projetos de engenharia. O terceiro modelo é o aterro sanitário, utilizado em Monte Carmelo. “O nosso aterro demanda projetos de engenharia, é cercado, tem guarita 24 horas, impermeabilização do solo, o lixo é compactado com cálculo de topografia, o chorume é tratado em lagoas e tudo é monitorado”, disse. “São furados vários pontos ao redor do aterro e feitas análises constantes do subsolo para ver se não há contaminação por chorume. Além disso, também fazemos a captação e a queima do gás metano.”

Foto: Ascom Monte Carmelo
Foto: Ascom Monte Carmelo

A vida útil de um aterro sanitário é de 21 anos e o de Monte Carmelo está com oito. Com o crescimento da cidade e o aumento do volume de lixo produzido diariamente é fundamental que o espaço seja aproveitado em sua totalidade. “Um aterro é dividido por partes de acordo com o projeto. O de Monte Carmelo é subdividido em quatro partes. Primeiro é feita a impermeabilização, a compactação e ali se armazena lixo até completar a área. Depois disso é preciso abrir o segundo quarto e reiniciar todo o processo e assim sucessivamente. Quando a área é totalmente preenchida, o Dmae faz a compactação e finaliza”, explicou o técnico.

Foto: Ascom Monte Carmelo
Foto: Ascom Monte Carmelo

Em Monte Carmelo é utilizado o caco de telha como material de compactação e isso tem rendido elogios ao Dmae. “Ganhamos reconhecimento em revistas especializadas de outros estados e de vários municípios da nossa região por utilizarmos lixo para recobrir lixo. Se não fosse assim precisaríamos retirar terra de outro local e provocar um dano ambiental”, disse o biólogo. “Como temos um grande parque cerâmico e o resíduo ficava acumulado, fizemos a experiência. O caco de telha é permeável e não é levado pela chuva sendo excelente para esse tipo de cobertura”, afirmou. O material é recolhido nas cerâmicas pela Prefeitura e pelo Dmae sempre que há necessidade de novo recobrimento do aterro.

O aterro sanitário de Monte Carmelo atende às exigências ambientais e está em fase de renovação de licença junto à Fundação Estadual de Meio Ambiente.

Ascom Monte Carmelo