Com novo alerta da OMS para surto de Mpox, CNM orienta população e gestores municipais

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou situação de emergência de saúde internacional para a doença Mpox, na última quarta-feira, 14 de agosto. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a situação até o momento é de estabilidade de casos. Mas, o que preocupa a OMS é a circulação de um novo cepa do vírus que está causando um surto na África, com mais de 17.000 casos e mais de 500 mortes, a maioria na República Democrática do Congo.

Diante desse cenário, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) ressalta aos gestores locais a importância de intensificar a vigilância epidemiológica contra a doença, principalmente para casos de viajantes oriundos de fora do país.

O que é a doença e como ela é transmitida?
A Mpox é uma doença viral, cuja transmissão ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias.

Quais são os sintomas?
Erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio, fraqueza. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive boca, olhos, órgãos genitais e ânus.

O que devo fazer se tiver sintomas sugestivos de Mpox?
Procure uma unidade de saúde para avaliação e informe se você teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Se possível, isole-se, não compartilhe objetos pessoais e evite contato próximo com outras pessoas até o diagnóstico. Caso confirmada a doença, siga em isolamento até o término do período de transmissão.

Como podemos estimular a prevenção no Município?
A CNM alerta aos Municípios que intensifiquem a vigilância epidemiológica da Mpox, principalmente para casos de viajantes oriundos de outros países. Também é importante intensificar as ações de vacinação, com a aplicação correta do esquema de duas doses, nos grupos indicados pelo Ministério da Saúde.

– Vacinação pré-exposição:

Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.

Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), de 18 a 49 anos de idade.

– Vacinação pós-exposição:
Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS, mediante avaliação da vigilância local.

Qual é a situação epidemiológica no Brasil?
Em 2024, foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis. Em 2022, durante o pico da doença no país, foram notificados mais de 10 mil casos. Desde 2022, o registro no Brasil é de 16 óbitos, sendo a morte mais recente em abril de 2023. O Ministério da Saúde instalou, em 15 de agosto, o Centro De Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à Mpox.

Da Agência CNM de Notícias, com informações do Ministério da Saúde