Uma equipe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE esteve reunida com representantes da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano no início desta semana preparando o início do trabalho de atualização de dados, visando a contagem populacional que será feita em 2016.
O IBGE é uma organização pública ligada diretamente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, responsável pelos dados e estatísticas brasileiras, entre eles, o censo demográfico. Nessas análises o instituto produz pesquisas e divulga informações demográficas, sociais e econômicas, divididas por Estados, cidades, entre outras, com o objetivo de fazer com que toda a população e os governantes tenham uma radiografia sobre o país. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística também é responsável pela produção e análise do Índice de Preços ao Consumidor.
De acordo com o secretário de Planejamento Urbano, José Caldeirani Filho, com relação a Uberlândia ficou uma dúvida quanto ao número exato da população no último censo de 2010, que registrou um total de 604.013 habitantes. Em 2012, houve a divulgação estimada da população, em 619.536 habitantes. Em 2013, a Prefeitura solicitou a vinda de representantes do IBGE para que fossem esclarecidos todos os pontos. “Essa contagem vai refletir em benefício para a população de Uberlândia. Um exemplo de melhoria para uma contagem mais aproximada da realidade é a destinação de verbas do Estado de acordo com o número de habitantes”, enfatiza.
Marize Abadia Silva Reis, coordenadora substituta do setor de Banco de Dados da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, explica que a equipe do IBGE está se munindo de informações para adequar as defasagens de censos anteriores. “Entregamos à equipe do IBGE a base cartográfica, que é fornecida pela Secretaria de Planejamento Urbano. Atualmente, são 63 bairros integrados e existem aproximadamente 12 a serem regularizados e outros a serem readequados. A contagem será feita em 2016 e será divulgada em 2017”, disse.
O gerente de planejamento do IBGE em Minas Gerais, Humberto Campos Moreira, explica quais aspectos serão reavaliados. “No caso dos novos bairros, no que diz respeito a divisão dos que estão em processo de implantação e regulamentação, já estamos adequando as informações dos que não foram contemplados no censo anterior a 2000”. De acordo com Humberto, existem alterações em algumas áreas que vão afetar a malha setorial do IBGE, e a proposta é tentar contemplar ao máximo esses bairros que estão sendo criados a partir de agora. O trabalho ainda vai abrenger ajustes na malha de setores do instituto, em função dessas alterações, sejam elas por divisão dos bairros já existentes, retração ou vários tipos de operações apontadas pelo município. “Viemos fazer uma proposta de trabalharmos essas áreas, o que já existe hoje implementado e na medida do possível, o que ficar pronto, num prazo que não comprometa as nossas próximas operações”, diz.
Moreira também comentou sobre a população flutuante que não é contabilizada pelo IBGE. “Mesmo que essas pessoas, por exemplo, estudantes, trabalhadores de época de colheitas setorizadas, se utilizem de todos equipamentos da cidade, elas trazem também recursos, pois vão consumir na cidade. Essas pessoas deixam sua contribuição com receita e com sua cultura de origem. O IBGE não pode ser flexível em mudanças conceituais porque não envolve só questões nacionais, mas também de comparação internacional”.
Secom PMU