Projeto do Procon estimula estudantes a conhecer os seus direitos na prática

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   Um grupo de 60 alunos, de 6 a 15 anos, teve uma aula especial na tarde desta quarta-feira (12), em que puderam colocar em prática o que aprenderam na teoria. Reunidos na quadra de futebol, eles aprenderam com o superintendente do Procon, Frank Resende, o que é o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, e de lá saíram para fiscalizar a aplicação da lei em um supermercado. A aula foi a primeira atividade do projeto “Procon Educador”, que propõe formar adolescentes e jovens com consciência dos seus direitos de consumo. Outras atividades serão agendadas pelo órgão. Os alunos que participaram hoje fazem parte de um programa em período de contraturno no Centro Comunitário de Assistência Social da LBV.

O superintendente começou a palestra ensinando a diferença entre o consumidor e o fornecedor, destacando quatro direitos essenciais da população que são a Vida, Saúde, Segurança e Informação. Dentro destes padrões, ele utilizou vários exemplos práticos do dia a dia dos alunos, como a compra de chicletes de sabor uva que viessem com o sabor de jiló, as informações a respeito da quantidade de folhas de um caderno escolar ou uma possível venda de uma bolacha sem a determinação do sabor informada pela marca.

Prática inclui visitas ao comércio. Foto: Secom PMU
Prática inclui visitas ao comércio. Foto: Secom PMU

Em seguida, o superintendente mostrou a importância do Procon e mencionou exemplos reais em que o cliente pode se sentir lesado, esclareceu os direitos e ensinou como proceder em cada um deles. A aluna Eva Lúcia Andrade Farias, de 11 anos, não conhecia os direitos do consumidor e após ouvir a palestra afirmou que ficará mais atenta. “Ultimamente está acontecendo muito de haver bichos nas comidas ou data de validade vencida, e agora fiquei mais esperta, vou olhar a data de validade e caso precise fazer uma denúncia vou ligar no 151”, disse.

Após a palestra, os jovens partiram para fiscalizar um supermercado da cidade. O gerente Mariozan Luiz recebeu a turma e afirmou acreditar que ali os alunos não encontrariam muita divergência entre a teoria aprendida e a prática de consumo no supermercado. Passando de prateleira em prateleira, os alunos tiveram a oportunidade de conferir data de validade, localização ou conflito de preço e bservaram as condições de alguns alimentos para o consumo. Munidos de papel e caneta, iam anotando tudo o que consideravam infringir os direitos básicos dos consumidores. O aluno Felipe Augusto, de 14 anos, identificou alguns queijos furados, diferença de preço entre um mesmo produto. Já com relação a validade, encontrou produtos próximos à data de vencimento, mas nenhum produto vencido. “Antes eu não prestava atenção, só pegava, olhava o preço e levava pra casa, agora eu sou um consumidor mais grosso para ver essas coisas,” disse o aluno.

Além do Projeto “Procon Educador”, a Superintendência também realiza fiscalizações educativas, em que os fiscais identificam os principais problemas, produzem um relatório e orientam os lojistas para que os problemas sejam corrigidos. “Assim, inverte a lógica de esperar o problema aparecer para ser resolvido, começando a já identificar os problemas lá na loja e melhorar o consumo”, disse Frank.

Secom PMU