Gestores se reúnem em Brasília para mobilização municipalista nacional

Notícias AMVAP

Prefeitos de todo o País retornarão a Brasília no dia 25 de março em grande mobilização municipalista. Centenas de gestores já confirmaram presença. O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, tem convocado os representes dos Municípios para a ação, que é uma forma de chamar a atenção do Congresso Nacional e do governo federal para o quadro de falência econômica que as prefeituras têm vivido.

07-03 Mobilizacao Municipios

“A arrecadação cada vez mais baixa deixa os cofres municipais estagnados e, por conseguinte, coloca os gestores em uma situação de vulnerabilidade. Há muito a ser feito e poucos recursos na prefeitura”, alerta Ziulkoski. A mobilização é parte da campanha Viva o seu Município, que luta pela saúde dos Municípios brasileiros. “Não podemos deixar que a crise faça morrer a principal célula do sistema. Viva o seu Município. Afinal, quem ama, cuida”, salienta.

Neste primeiro encontro do ano, a CNM e as entidades estaduais e regionais de Municípios propõem o debate em torno da pauta anual e também sobre a paralisação nas capitais, em abril, e a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em maio.

Pacto Federativo

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Valdecir Luiz Colle, ressaltou que a mobilização é necessária, uma vez que a distribuição do bolo tributário é injusta e é necessária a revisão do Pacto Federativo, já que a União vem concentrando a maior parte dos recursos.

Já a presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria, tem destacado que quase 80% dos Municípios do Estado dependem exclusivamente dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e passam por dificuldades. Uma das reivindicações do movimento é a aprovação da Emenda Constitucional (PEC) 39/2013 no Senado Federal e 341/2013 na Câmara dos Deputados, que altera a participação do FPM dos atuais 23,5% para 25,5% da arrecadação nacional do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Renda (IR). Segundo Ziulkoski, isso representará, em 2014, um aporte de mais de R$ 7,2 bilhões aos cofres municipais, auxiliando, sobretudo, os pequenos e médios Municípios que têm no FPM uma de suas mais importantes fontes de receitas.

Agência CNM