Mobilização contra o mosquito da dengue em Capinópolis

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A Secretaria de Saúde de Capinópolis já está mobilizando visando intensificar a luta contra o mosquito da dengue, o Aedes aegypti em Capinópolis, pois além da dengue, o mosquito também é vetor da chikungunya, do Zika Vírus e também da febre amarela.

O coordenador de PSFs da Secretaria de Saúde, Celismar Vieira (foto), fala da grande preocupação com a falta de adesão da maioria das pessoas da comunidade nesta luta contra o mosquito.

22-10 Capinópolis Dengue

“Com relação à grande problemática do Aedes aegypti – disse Celismar – nós já iniciamos algumas ações imediatas com relação a esse vetor causador da dengue, Chikungunya, Zika Vírus e febre amarela. Já começamos a fazer algumas inspeções no município. Estamos realizando os mutirões. Na reunião do comitê, que foi há duas semanas, a gente viu que já precisamos entrar em ação com referência ao vetor no município, uma vez que nós estamos antecedendo aos períodos chuvosos, todo mundo está observando que as chuvas já estão aí. Uma das ações imediatas que o comitê determinou foi o mutirão nas proximidades das unidades de PSFs, ou seja, cada micro área que um agente comunitário é responsável já está sendo inspecionada, através daquele ACS – Agente Comunitário de Saúde, e também através do ACE – Agente de Controle de Endemias. Eu estive presente na quarta-feira, dia 10, com duas ACSs, a exemplo do ano passado, sendo que em duas residências que chamou a atenção da equipe e em uma que estive presente, tinham bastante acúmulo de lixo e água. O que chama a nossa atenção ainda é a questão da conscientização da população, onde isso vem sendo bastante discutido. O meio de comunicação nos favorece e ajuda a passarmos para a população essa questão da saúde pública, mas a gente ainda vê que a comunidade ainda não percebeu o perigo que esse vetor trás para a população”.

Pergunta: A Secretaria de Saúde faz a propaganda volante na rua, publica no jornal, publica nas mídias sociais, publica no rádio, mas as pessoas não levam a sério. Só se ‘abrir’ a cabeça da pessoa para ela criar juízo, não é?

Celismar Vieira: É isso! (risos). Na verdade, o Comitê de Enfrentamento da Dengue, Chikungunya, Zika vírus e Febre Amarela está sempre em atividade e nós já estamos pensando futuramente em como nós vamos reverter essa situação. O que se sabe é que não podemos deixar que algumas inconsequências possam levar aí a uma epidemia da doença no município. Já estamos estudando outras formas de ver essa questão de quintais, de residências que continuam com o acúmulo de lixo, água parada, de terrenos baldios, cheios de lixo e capim acumulado, ou seja, de como o comitê vai se portar mediante essa situação, ver como será a fiscalização de agora em diante. Além de coordenador de PSFs sou presidente do comitê, do município, e a gente vai trabalhar no sentido de buscar soluções para sanar essa situação, dada a postura daqueles que ainda insistem em deixar esses ambientes propícios à proliferação do Aedes aegypti.

Pergunta: Falando em um linguajar bem popular, no ano passado Capinópolis ‘escapou fedendo’ de ter um surto, porque sempre se soube que os índices eram muito altos de focos do Aedes aegypti e se o vírus estiver circulando muito esse ano, nós podemos ter novamente até óbitos aqui em Capinópolis, conforme aconteceu em 2014, correto?

Celismar: Isso mesmo. 2017 foi um ano atípico, mais uma vez, aconteceram muitos casos, por pouco mesmo que o município ficou assim, não na questão de surtos. O que vale ressaltar é que o que a população tem que prestar atenção e ficar ciente disto é que o vetor mata, e ele provoca várias doenças e não apenas uma.

Pergunta: Por falar em várias doenças o Ministério da Saúde está muito preocupado com a Febre Amarela?

Celismar: Eu estive na reunião da regional de saúde na semana passada e todos estão preocupados com a inserção do vetor Aedes aegypti, que além da Dengue, Chikungunya e Zika vírus, também causa a febre amarela. O município de Capinópolis ainda está com uma porcentagem de 93% de vacinação em febre amarela, ou seja, nós estamos com pessoas no município que são suscetíveis, que não vacinaram ainda. No Estado de Minas Gerais, existiu em 2016 o primeiro monitoramento, de casa em casa, daquelas pessoas que ainda não estão vacinadas e daí fazer um bloqueio naquela residência e vacinar aquelas pessoas. Foi feito o monitoramento na região da Zona da Mata, onde o vírus estava. Hoje, naquela região quase todos estão vacinados. O segundo monitoramento, em 2017, estava mais da região central para a região sul de Minas. Realizou-se o monitoramento e os bloqueios, onde aquelas pessoas que até então não tinham sido vacinadas o foram, o que melhorou a cobertura vacinal naquelas regiões. Agora nós estamos no Triângulo Mineiro. Já está comprovado que o vírus está próximo a Minas Gerais e São Paulo, por isso nós pedimos mais uma vez, porque agora teve início o terceiro monitoramento, que é quando o profissional de saúde vai de casa em casa procurar aquelas que não estão vacinadas. Você, que ainda não se vacinou, procure a Unidade Básica de Saúde, para que por ventura esse vetor venha adentrar o Triângulo Mineiro, você já esteja vacinado e consequentemente imune contra esse terrível vetor. Além da vacina, que é o melhor meio de prevenção, temos também a questão que reflete aos acúmulos de água e lixo nas residências. Então, ao fazermos esse monitoramento, bem como os mutirões contra a dengue, que a população receba bem os profissionais de saúde, ressaltando mais uma vez, que a consciência da pessoa é o que manda na verdade, pois não adianta nada divulgar e alertar, se a população não se conscientizar do perigo da doença. Cada um tem que entender que o vetor só traz desvantagem, podendo infelizmente causar até a morte.

ASCOM Capinópolis