Esperada por muitos festeiros o ano inteiro, a tradicional festa em homenagem a padroeira de Tapuirama leva ao Distrito mais de 10 mil pessoas durante o mês de julho. A festa para Senhora da Abadia acontece nos três primeiros fins de semana de julho e mobiliza toda a comunidade do mais populoso Distrito de Uberlândia. A festa é aberta sempre na sexta-feira, às 19h30, com uma missa na igreja. Depois, os festeiros e visitantes vão para o salão comunitário, onde acontece a quermesse, o bingo e o grande baile com bandas do Distrito e de Uberlândia.
Quatro festeiros são eleitos para coordenar os preparativos e toda a comunidade se mobiliza para enfeitar e preparar tudo para manter a tradição. A praça e o coreto do Distrito foram revitalizados e as ruas já estão decoradas. “A gente espera o ano inteiro por isso, todo mundo ajuda, as crianças também participam, o comercio fica superaquecido e a gente fica até triste quando a festa termina”, disse Carlos Donizete, um dos festeiros.
Os recursos para a festa são arrecadados durante o ano com a realização de festas e com investimento de patrocinadores com anúncios, o que este ano somou mais de 150 comerciantes do Distrito e da cidade de Uberlândia. Outra fonte de recursos é o esperado leilão de gado, que vai acontecer neste sábado (13), às 13h. Serão cerca de 100 animais doados pelos pecuaristas e pequenos produtores da região do Distrito.
Um dos pontos fortes da programação é a cavalgada, ou a “cavalhada” como dizem alguns moradores, que nestes 80 anos de festa, tem sido freqüente há pelo menos 50 anos. No domingo, são esperados mais de 70 cavaleiros que se reunirão na praça para o desfile, que termina no campo com a apresentação de habilidades em montaria e muita brincadeira.
O Distrito
Tapuirama completou em dezembro do ano passado 100 anos. É um dos mais antigos de Uberlândia, localizado a 50 km da cidade, pela BR-452, que liga Uberlândia a Araxá. A maioria das casas obedece ao modelo tradicional de implantação, construídas no alinhamento das calçadas, com o fundo livre, aproveitado para plantas, hortas e árvores frutíferas. As casas mais antigas apresentam padrão tradicional, são construídas em tijolo maciço, possuem telhados em quatro águas, esteios, portas e janelas.
Fonte: Secom/Uberlândia